Objetivo: Recuperar o estado da arte e contribuir para o debate teórico acerca do processo de profissionalização – notadamente no setor saúde, analisando particularidades de distintas corporações profissionais do setor, bem como, a partir de uma perspectiva histórico critica, a constituição dos saberes no campo da saúde e suas interfaces com as instituições formadoras e de prestação de serviços no setor. Pretende-se analisar distintas dinâmicas e estratégias de profissionalização no setor saúde, a emergência de novas corporações, o lugar do saber nesses processos e seu impacto nos Sistemas de saúde. Por fim, examinamos em projetos específicos propostas emergentes que se voltam à articulação entre sistemas de saúde e ensino no setor, de modo a examinar em que medida tais iniciativas/movimentos correspondem na práxis ao que se propõem no plano discursivo.
Objetivo:
Investigar a problemática do comportamento alimentar em diferentes segmentos, bem como dos Transtornos do Comportamento Alimentar (TCA), em suas distintas modalidades, numa perspectiva interdisciplinar, contemplando, por um lado, a detecção de prevalências e por outro lado, o aprofundamento da compreensão dos determinantes do fenômeno de modo a subsidiar o desenvolvimento de estratégias assistenciais adequadas à sua complexidade. Para tanto se conjugam os enfoques metodológicos, qualitativo e quantitativo e suas distintas técnicas, de modo a explorar, articulando distintas tradições teóricas, as vinculações entre biomedicina, mídia e a circulação de mercadorias nas esferas da produção/consumo médico-estético e seus desfechos na produção subjetiva associada a corpo, beleza e saúde/alimentação.
Objetivo:
Abordar a temática das práticas inovadoras em desinstitucionalização e inclusão social em saúde mental, problematizando e demarcando conceitualmente o que consideramos práticas inovadoras em saúde mental, de maneira a enfrentar o desafio de uma análise rigorosa acerca das experiências focalizadas nos distintos projetos da linha. Para tanto, aproximamos alguns campos discursivos que, embora ainda não incorporados no ideário da Reforma Psiquiátrica Brasileira, evidenciam interfaces com o mesmo, vislumbrando-se, assim, possíveis subsídios para a reflexão a partir desses aportes emergentes.A valorização das dimensões assinaladas por esses enfoques é elemento central para o avanço do processo de Reforma Psiquiátrica e deve, assim, se expressar na realização de estudos que abordem experiências consideradas efetivas na construção de redes psicossociais e de novas práticas em saúde mental.
Objetivo:
Analisar/Avaliar a qualidade do cuidado dispensado à população na Rede de Atenção Psicossocial, conferindo destaque às dimensões integralidade, humanização.Mediante um modelo multidimensional envolvendo usuários, gestores e/ou trabalhadores, pretende-se explorar interfaces entre as referidas dimensões e a (des)articulação da rede. Transita-se, portanto, de um foco nos dispositivos para a articulação em rede, expandindo objetos de outras linhas/projetos desenvolvidos pelo LAPQS, tanto no que concerne ao cenário, quanto aos segmentos contemplados. Esta linha se justifica claramente no confronto com os desafios com que se defronta a Política setorial, ao que se somam os possíveis subsídios pretendidos com vistas ao diálogo com os desafios e/ou potencialidades em relação à qualidade do cuidado dispensado na rede, tanto no estado do Ceará como em outros espaços de análise, por meio de desenhos multicêntricos.
A linha Cidade, Subjetividade e Saúde se apresenta como uma via de análise das conexões entre cidade, subjetividade e saúde, entendidas como categorias analíticas complexas, bem como âmbitos de interesse para políticas públicas. No momento, buscamos delineamentos para a proposição de uma base conceitual e metodológica que possibilite a aproximação e análise de objetos de pesquisa na interface entre esses três elementos (categorias). Interessa-nos conhecer os processos de constituição dos agenciamentos que mesclam uma íntima trama entre cidade, subjetividade e saúde, um objeto híbrido e complexo que transita entre diferentes campos disciplinares e que diz respeito à multiplicidade das experiências urbanas, tomadas como vetores de subjetivação e seus rebatimentos no processo saúde-doença, notadamente no campo da saúde mental. Voltamo-nos à compreensão das singularidades da experiência sensível dos sujeitos no cotidiano e das práticas e relações que os mesmos estabelecem com os lugares, carregadas de significados e afetos. Essas experiências são atravessadas por marcadores sociais, histórico-temporais, de gênero, raça/etnia, geracionais, dentre outros, convocando a interseccionalidade nas análises.